Feijão, Arroz e Caviar no mesmo nível, rss.

O velho e bom arroz com feijão pode estar com os dias contados na mesa de muitos consumidores brasileiros. Passa o natal e as festividades de fim de ano e em janeiro começa a preocupação com IPVA, matrícula dos filhos, planos de saúde, etc. Mas agora em 2008, outro item foi inserido na enforcadora lista de inicio de ano: A cesta básica de cada dia.
O feijão, principal item no almoço do brasileiro, começou o ano com alta de 80%. Com esse percentual o cereal que é a principal fonte de ferro e outras vitaminas essenciais para uma boa saúde, segundo os nutricionistas, começa disputar o ranking dos itens de luxo, assim como o arroz, que começou o mês de abril com alta de 36%, chegando a custar em alguns supermercados preciosos R$2,39.
E não pára por aí. O pãozinho francês, o óleo e leite participam também da disputa que fará com que a cesta básica roube uma grande fatia do orçamento mensal dos brasileiros. E há quem diga que o culpado pela alta dos alimentos são os biocombustíveis. Mas o presidente Lula em visita a Gana, desmente este boato. Ele até falou outro dia da necessidade de utilizar as terras da áfrica para plantio de mamona e outras culturas que sirvam de matéria prima para o biodiesel.
Agora a classe AA que costumava arrotar o caviar, que em português claro seria chamado simplesmente de ova de peixe, ou as cidras e espumantes importados, começa a perceber a pressão das classes B, C e D no que diz respeito aos itens de luxo. Na Venezuela a falta de alimento é constante, além dos altos preços, o principal vilão das donas de casa venezuelanas é a concorrência pelos quilos e quilos de alimentos.
Nos paises europeus quando os consumidores percebem altas exorbitantes no preço de itens básicos da cesta básica, simplesmente eles deixam de comprar. Agindo assim, eles, os consumidores, conseguem pressionar a economia, obrigando-a a reduzir a inflação e os juros, por conseguinte. Nos tempos dos PAC’s da vida, o governo deveria tomar providências para minimizar tal situação. O Brasil possui a 14º economia do mundo, com uma colocação dessas é imperdoável aceitar tanta desigualdade social. Os investimentos em combustíveis ecologicamente corretos são necessários, mas não é a solução de todos os problemas. Políticas públicas deveriam ser criadas para garantir aos brasileiros o direito de contar com o trivial arroz com feijão de cada dia.
* Matéria de minha autoria escrita na Oficina de Jornalismo Impresso da Faculdade onde estudo.

Logo trarei o post do feriadão, rss.

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