Viva São João

A Bahia é conhecida como a terra do carnaval. Mas o Estado também tem outra grande festa, que movimenta todas as suas 417 cidades: o São João. Milhares de turistas de todos os lugares do Brasil curtem a festa junina na Bahia.
Junho é o mês de São João, Santo Antônio e São Pedro. Por isso, as festas que acontecem durante o mês, são chamadas de "Festas Joaninas, ou Juninas", especialmente em homenagem a São João. O nome joanina teve origem, segundo alguns historiadores, nos países europeus católicos no século IV. Quando chegou ao Brasil foi modificado para junina.


Trazida pelos portugueses, logo foi incorporada aos costumes dos povos indígenas e negros. A influência brasileira na tradição da festa pode ser percebida na alimentação, quando foram introduzidos o aipim (mandioca), milho, jenipapo, o leite de coco e também nos costumes, como o forró, o boi-bumbá, a quadrilha e o tambor-de-crioula.


Mas não foi somente a influência brasileira que permaneceu nas comemorações juninas. Os franceses, por exemplo, acrescentaram à quadrilha, passos e marcações inspirados na dança da nobreza européia. Já os fogos de artifício, que tanto embelezam a festa, foram trazidos pelos chineses.


A dança-de-fitas, bastante comum no sul do Brasil, é originária de Portugal e da Espanha. Para os católicos, a fogueira, que é maior símbolo das comemorações juninas, tem suas raízes em um trato feito pelas primas Isabel e Maria. Para avisar Maria sobre o nascimento de São João Batista e assim ter seu auxílio após o parto, Isabel acendeu uma fogueira sobre o monte.


Aqui, no Nordeste do país, existe uma tradição que manda que os festeiros visitem em grupos todas as casas onde sejam bem-vindos levando alegria. Os donos das casas, em contrapartida, mantêm uma mesa farta de bebidas e comidas típicas para servir os grupos. Os festeiros acreditam que o costume é uma maneira de integrar as pessoas da cidade. Essa tradição tem sido substituída por uma grande festa que reúne toda a comunidade em volta dos palcos onde prevalecem os estilos tradicionais e mecânicos do forró.


Para não fazer feio na quadrilha, segue abaixo alguns comandos (passos) da dança que é a cara do São João:


Anavantur - Cavalheiros tomam as damas e andam de mãos dadas até o centro do salão, encontrando-se com a fila da frente.Anarriê - Os pares, ainda de mãos dadas, voltam em marcha-a-ré até o ponto em que estavam e se separam, ficando cavalheiros em frente às damas.


Travessê de cavalheiros - As damas ficam paradas e os cavalheiros atravessam o salão, parando em frente à dama do outro par, cujo cavalheiro faz também o mesmo.


Travessê de damas - Com balanceio ao centro. Os cavalheiros ficam parados e as damas seguem até o centro do salão. Ao se encontrarem com as damas dos pares da frente, dão-se os braços, fazem duas meias-voltas, indo depois para seus lugares.


Travessê geral - As duas filas atravessam o salão ao mesmo tempo, cruzando-se no centro pela direita. Ao chegarem aos lugares voltam a ficar de frente para o par.


Balancê com o par do vis a vis - Seguem somente os cavalheiros e ao se encontrarem com as damas, vão entrelaçando o braço direito no braço direito da dama. Dão duas voltinhas e retornam a seus lugares, ficando de frente para o par.


Balancê com seus pares - Cavalheiro de frente para sua dama. Ambos fazem o balanceio, sem sair do lugar.


Otreofá - Outra vez. Grande chène - A dama dá a mão ao cavalheiro e este dá a mão esquerda à direita de outra dama e passam a trocar de mãos até que voltam a encontrar seus pares.


Granmuliné - Os pares ficam à vontade, fazendo brincadeiras e algazarras. Sangé - Os cavalheiros rodam as damas pela sua esquerda, passando-as para trás e a cada sinal do marcador, largam as mãos das mesmas e vão pegar as da sua frente até chegarem aos pares certos.


Preparar o caranchê - Todos param de marchar. As damas de frente para os cavalheiros, que pegam na mão direita dela, usando também a mão direita.


Grande chène creché ou garranché - A dama dá a mão ao cavalheiro e este a mão esquerda à direita de outra dama e passam a trocar de mãos e de dama até que voltam a encontrar seus pares.


Beija-flor - Os pares seguem até o meio da sala, onde as damas estendem a mão direita para o cavalheiro beijar.


Cortesia - Os cavalheiros dão um passo para trás sem largar a mão da dama, ficando semi-ajoelhados. As damas dão duas voltinhas pela esquerda, os cavalheiros levantam-se e aguardam o próximo passo.


Anarriê - De costas, todos voltam aos seus lugares.


"Uai, pra vasmicê num ficá pro fora, é mió acessá o saite do São Jão na Bahia, sô! Crique aqui ó!"



Viva São João!!!


0 Pessoas já falaram, agora é a sua vez!:

Seguidores

O que eles falam:


Quantos já espiaram?

Boca da Discórdia

Blog da Aline

Blog da Meg

Blog do Rudd