As (in)definições da nossa língua

Humrum, sim senhor... Mesmo sabendo que a reforma política não agradou a todos, as eleições vêm aí, com o mais que óbvio caixa 2, que para os mais classudos, passa a se chamar de "despesa não-contabilizada".

Ainda nem reparamos/saramos os crâncos da CPMF, e a elite do Jambalia Tower - Brasília, melhor dizendo - já criou um substituto, é mole? É mole mais sobe, como diria o adido cultural do país da piada pronta, José Simão. Estou me referindo a CCS - Contribuição Sem Sentido -, mas bem que poderia ser CSN (Contribuição Sem Noção).

Mas eu ouvi outro dia que enquanto os cães ladram, a caravana passa. É que o acordo ortográfico, assinado em 1990, foi aprovado recentemente pelos parlamentares da república lusitana. Mas seja sincero, você sabia disso? Caso seja não a sua resposta, é melhor procurar alguém que saiba. Ouvi dizer também que o tratado pretende unificar o português em nove países.

Enquanto nós, brasileiros, de um modo geral, tanto aqueles que chamam a mandioca de macaxeira e a tangerina de bergamota, vamos ter que estar letrados até 1º de janeiro de 2009, ou no dia seguinte, nós jornalistas, escritores, professores, seremos demitidos, acusados de estar escrevendo errado.

Mas ainda tem muita água para rolar. A partir de 2009, o acento circunflexo, mais conhecido como "chapeuzinho", será eliminado para sempre! Agora Coco e Cocô são grafados da mesma forma. E o pior está por vir (!) Idéia e Jibóia, também perdem seus acentos.

Os quase 11 milhões de portugueses vão sofrer e muito com o novo acordo lingüístico, "n" vezes mais que nós, os brasileiros, que somamos quase 190 milhões. Quando os lusitanos forem obrigados daqui a seis anos a cortar um "C" da palavra acção (por que lá em portuga se grafa assim), vão ficar mais seis anos debatendo para saber se é o 1º ou o 2º "C" que deve ser eliminado, não é exagero não. O povo é tão atrapalhado, que já estão sendo programado seminários para defender a permanência do tal do "C".

Mas o caso não é para rir. Nós é que nos beneficiamos, pois perdemos o trema, que quase ninguém usava. Mas é impossível negar a importância deste sinal gráfico. Só ele é capaz de impedir que duas vogais juntas formem um ditongo, e por aí vai.

Mas uma coisa é certa, muitas decisões são tomadas sem o consentimento da grande massa. E por hoje é só.

1 Pessoas já falaram, agora é a sua vez!:

Anônimo disse...

Caro amigo Henrique, quero deixar clara a minha indignação quanto a esta decisão sobre tais mudanças grotescas na Língua Portuguesa. Onde já se viu, ideia, jiboia, linguiça, cinquenta? Acho que eles estão teclando demais nos bate-papos da vida. ôpa! Acho que o hífen também já está ameaçado, ou safou-se? Ah, deixa para lá. Vou faze-me comunicável, que é o mais importante memso. Até mais!

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